CARLOS MATHIENSEN
- Nome completo: Carlos Roberto Mathiensen
- Nascimento: 28/03/1887, em Remanso, na Comarca de Araras (SP)
- Falecimento: 17/07/1977
- Esposa: Alma Johanne Kristine Copenhague Nielsen Mathiensen (casamento ocorreu em 14/10/1919; ela nasceu em 03/02/1888 e faleceu em 21/08/1989)
- Pais: João Mathiensen e Carolina D. Mathiensen
- Filhos: João Nielsen Mathiensen, Erick Mathiensen e Dagmar B. Mathiensen
- Vereador na 3ª Câmara (1929-1930); conselheiro no 1º Conselho Consultivo (16 de março de 1932 a 25 de junho de 1933 – decreto de 16 de fevereiro de 1932); vereador na 4ª Câmara (1936-1937); prefeito de 15 de janeiro de 1929 a 14 de novembro de 1930.
- Outras informações: está sepultado na quadra 01 do Cemitério Municipal da Saudade, em Americana.
Nascido em 28 de março de 1887, em Remanso, na Comarca de Araras, Carlos Roberto Mathiensen (a pronúncia correta do sobrenome é “Matízen”) era filho de abastado fazendeiro, foi educado em Rio Claro e dominava o idioma alemão.
Mudou-se para Villa Americana em 14 de outubro de 1919, data de seu casamento com Alma Johanne. Adquiriu de seu sogro, Niels Nielsen, a primeira fábrica de arados fundada no Brasil.
Na década de 1920, devido à sua prosperidade industrial e reconhecida aptidão administrativa, foi convidado a participar de diretório político, até que, em 30 de outubro de 1928, acabou sendo eleito vereador. Em 15 de janeiro do ano seguinte, por unanimidade, foi eleito prefeito por seus pares, sendo reeleito em 15 de janeiro de 1930.
Sua administração foi marcada pela preocupação com o planejamento e por obras importantes como a construção do grupo escolar Dr. Heitor Penteado; o alinhamento, o calçamento e o apedregulhamento da nova avenida Dr. Antônio Lobo, que até então, designada por rua, era acidentada e cheia de curvas; a construção de bueiros; a colocação de guias de pedra em todo perímetro urbano e de paralelepípedos para a substituição das sarjetas atijoladas.
Após a Revolução de 1930 e a ascensão de Getúlio Vargas, foi designado, em 1931, um interventor para Villa Americana, e Carlos Mathiensen deixou o cargo de prefeito.
Foi nomeado, em 16 de março de 1932, conselheiro do 1º Conselho Consultivo municipal de Villa Americana, função que exerceu até 25 de julho de 1933.
Assumiu como vereador eleito na 4ª Câmara, de 23 de maio de 1936 a 11 de novembro de 1937. No primeiro ano de mandado, em agosto, apresentou projeto de lei nº 12 que considerava “feriado municipal o dia 18 de agosto”, aproveitando a inauguração do monumento aos mortos villamericanenses”, que aconteceu em 18 de agosto de 1936.
Em 1940, fundou, ao lado de Álvaro Cechini, Gê Godoy e Abrahim Abraham, a Citra. Contando com o prestígio angariado no período em que foi correspondente do Banco do Comércio e Indústria de São Paulo, conseguiu facilidades de crédito.
Em entrevista ao jornal O Liberal, em 1974, afirmou: “Precisamos voltar ao trabalho de reestruturação das ruas, pois houve muitos dirigentes que só pensaram na beleza, sem pensar no planejamento em relação ao futuro”.
Carlos Roberto Mathiensen faleceu aos 90 anos, em 17 de julho de 1977, e foi sepultado no Cemitério Municipal da Saudade, onde jaz ao lado de seu sogro, Niels Nilsen, e sua esposa.
Na 13ª sessão ordinária da Câmara Municipal de Americana de 1977, em 2 de agosto, o vereador Abelardo Fonseca Neto apresentou um requerimento de pesar pelo falecimento do terceiro prefeito de Americana e o vereador Sidney Cavagna sugeriu que sobre a personalidade do ex-prefeito falasse, em outra oportunidade, um vereador designado pela presidência. O então presidente, José Aparecido Castilho, designou o próprio Sidney Cavagna. Foi o que aconteceu na 15ª sessão, realizada dia 30 daquele mês, com a homenagem póstuma.
Fontes documentais e bibliografia:
- Livro de atas das sessões da Câmara Municipal de Villa Americana nº 03
- Livro de atas das sessões da Câmara Municipal de Villa Americana n º 04
- Livro de atas das sessões da Câmara Municipal de Americana de 1977
- “As nossas riquezas – município de Villa Americana – volume 7 – João Netto Caldeira – 1930”
- Jornal “O Município” (especial de aniversário, 1927; 12/05/1929; 12/11/1937; 01/01/1939; 21/11/1943; 05/03/1944)
- Jornal “O Liberal” (22/08/1989)
Texto e pesquisa: André Maia Alves da Silva, historiador e presidente do Instituto 12 de Novembro. Edição: Claudio Gioria, jornalista e diretor de pesquisa do instituto.



